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07/12/2011

O TEMPO E A MINHA VAIDADE (O MEU SONHO NÃO ACABOU)

07.12.2011
Hoje acordei entristecido. São tantas as adversidades da vida que às vezes se acorda assim.

Dentre essas adversidades está o efeito inexorável do tempo, que diretamente tenta obstar obrigações humanas como estudar, trabalhar, progredir e outras igualmente sociais como comportar-se, transmitir... por aí afora.

Estudar não mensura tempo, pelo contrário, sempre se estará aprendendo e o conhecimento norteia por realizações como o trabalho desejado, a progressão profissional, não importa em quê.

O comportamento advém daquelas obrigações, e, se bem cumpridas, eis que se instala no homem o bom, o comportamento digno de ser transmitido, que sucede e se estende.
Posto isso, consagra-se o entendimento de que não há tempo para realizações, bastará começar.

Mas o que pretendo, mesmo, é abordar sobre o pai dos tempos, o Tempo. O Senhor Tempo, pai do tempo a que se referiu Confúcio:

"Há pessoas que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido".

E, vaidoso de ter eu estudado ainda que minimamente sobre essas questões filosóficas do Senhor Tempo, instala-se em mim certa vaidade: não posso aceitar que meu espelho me mostre olheiras negras, como nuvens de trovoada, três rugas paralelas na testa, um pterígio no olho esquerdo, certa ausência de afeto...

Ao Senhor Tempo não importa quanto já vivi, mas importa-me se vivi honradamente. Então, não me importo se aquele homem imenso, aparentemente mais velho que eu, que ontem me perguntou as horas e me chamou de “tio”, me viu muito mais velho que ele.

Esse importar-me como vivi remete aos amores que tive: dos animais e de outras coisas da Natureza que preservei até o seu tempo finito; de quem me levou à consagração do matrimônio; da convivência com a sapiente e elegante NL; igualmente da perspicaz Di... De ti, amanhã?!

Mas, sobretudo, do que ainda tenho por fazer: continuar a cuidar do que me cerca, escrever mais coisas, entregar-me a novo amor, sim, viver, viver, viver... certamente porque aprendi com o Senhor Tempo, esse velho que se renova, a única lição que vale à pena na vida: viver.

Pergunte-se a Ele se quer morrer agora! Ele é a idade e o futuro: o menino de amanhã. Eu sou a vaidade inspirado Nele. Estou lá e estou aqui. Só morra quem já morreu. Adeus óbices. “Só feche seu livro quem já aprendeu".

Acesse o link abaixo para assistir o video. É música de primeira, para deleite da alma. Eu estava lá, eu vi.

http://www.youtube.com/watch?v=cewecCZ-_Ro


Bjs

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