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18/12/2020
UM PEQUENINO CONTO DE NATAL
Antevéspera de Natal, umas quatro horas da tarde. Um calor infernal. Eu tinha uns oito anos de idade, meu pai me pediu (mandou!) pra comprar açúcar porque minha mãe estava fazendo um bolo de laranja. Ele disse: vá num pé e volte noutro! Vou cuspir no chão! Quando você voltar, não pode tá seco. Bem, lá fui eu, correndo, de braço quebrado, dobrei a esquina. Não é que a molecada estava jogando bola!?... Uma rua contra outra. Putz! Entrei logo no racha e esqueci do açúcar. Fiz um gol, dois... eu era o cara da minha rua. Ainda vibrando como fosse Pelé, senti o cinto de papai nas canelas. Kkk O resto não é preciso dizer. Obrigado, papai! Obrigado, mamãe! Foi o único e melhor bolo de laranja, sem açúcar, que já comi.
J. M. Monteirás in PINGOS DO MEU PENSAR.
22/03/2020
REFLEXÃO HODIERNA SOBRE O (DES) COMPORTAMENTO HUMANO EM TEMPO DE MAIS ZELO.
ARTIGO.
Hoje, 22 de março de 2020, mês que se está indo, acordei
com uma vontade danada de ser um pouco mais dialético — direto, humanista, nietzschiano.
De certo, porque não se deve escrever sem pensar, logo penso em Mestres, que muito pensa- ram para que eu e outros seguidores seus também pudessem escrever quase como sem ter mais sobre que pensar — a exemplo de Nietzsche.
De certo, porque não se deve escrever sem pensar, logo penso em Mestres, que muito pensa- ram para que eu e outros seguidores seus também pudessem escrever quase como sem ter mais sobre que pensar — a exemplo de Nietzsche.
Não irei parafraseá-lo porque lhe
seria uma traição — mas irei abusar dos travessões tal como ele fazia, assim
como um dos meus poetas preferidos, também humanista: Castro Alves — , como o
seria ao meu comportamento moral em que tanto me bato — eu que também seguidor da doutrina de
Immanuel Kant, filósofo que ensinou a quem quis aprender sobre tal
comportamento, a que ele chama de imperativo categórico, pois —, principalmente nestes tempos tentadores
de pouca monta filosófica e, portanto, de fracasso de pensamento, de fracasso
gramatical quer na poesia, quer na música, quer em qualquer chave de expressão
hodierna, reitero. Mas de muito esforço pra os profissionais da saúde – de
certo.
Não por ser eu oportunista gratuito, mas por ser nos últimos acontecimentos
quer políticos, quer de saúde — como saúde não fosse coisa política — e nas
possibilidades pulverizadas de interpretá-los com que têm feito alguns tido por
analistas, oportuno corroborar.
O mês de março está-se indo. Logo o
mês em que comemoramos o Dia Da Mulher. Já escrevi sobre o que penso desse
ser-parceiro em http://jmmonteiras.blogspot.com/2012/03/dia-internacional-da-mulher.html, no entanto, uma coisa horrenda para
a humanidade baixou na Terra: astuto, preservou as mulheres e deu-se nome masculino, porque sabe que somos mais incautos, e
como o quiséssemos por aqui, insiste em ficar por mais tempo, mas não aplacará a nossa dignidade:
já que viera sem ser convidado, chegasse com um adjetivo tamanho de outras
dimensões e cheio de sutileza, achando-se onipotente como se não pudéssemos identificar sê-lo do Planeta imaginário COVID-19.
Porque prometi não parafrasear Nietzsche,
faço, então, a citação direta para alcançar o meu propósito:
Pressupondo que a verdade seja uma
mulher — o quê?, não é fundamentada a suspeita de que todos os filósofos, na
medida em que foram dogmáticos, pouco entendiam de mulheres? De que a medonha
seriedade, a canhestra impertinência com que agora eles costumaram abordar a
verdade foram meios inábeis e indecorosos para a conquistar injustamente uma
moça? O certo é que ela não se deixou conquistar —e todo tipo de dogmatismo
está hoje parado por aí numa atitude de tristeza e desânimo...
Pois é, humanidade, não estamos além do bem e do mal,
estamos, sim, dentro de uma esfera universal de ódio, desavenças, males,
vírus... e por isso, inflam-se em desrespeito ao momento, à própria
necessidade, às leis constituídas pouquíssimas algumas irmãs e muito mais
alguns irmãos igualmente teimosos, pequeninas e pequeninos ou não, em saírem de
casa, principalmente sem máscara. É-se de ressaltar que o Corona Vírus ou COVID-19 não é um ser nosso, e
que de onde viera não importa, importando-nos apenas obedecermos as orientações
das autoridades.
Onipotente é somente o Deus. Sejamos crentes em sua palavra e logo sairemos dessa. A vacina há de chegar.
Onipotente é somente o Deus. Sejamos crentes em sua palavra e logo sairemos dessa. A vacina há de chegar.
O verbo é orar: orarmos pelos médicos e seus
auxiliares, e como verbo auxiliar empregarmos o pedir: pedirmos às mulheres que prendam seus homens incautos em casa.
Lei da Terra à parte, somente as mulheres detêm tal força, porque pros homens inteligentes são elas que mandam. Mesmo que não queiramos.
Lei da Terra à parte, somente as mulheres detêm tal força, porque pros homens inteligentes são elas que mandam. Mesmo que não queiramos.
Amém.
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