https://leitura.com.br/dellarquim-L030-9788590510819

20/10/2012

POEMA DA RECEPTIVIDADE

(inspirado na obra fotográfica de Adenor Gondim)


Estás cansado e triste,
Toma, então, a nossa Bahia por um fim de semana
E se quiseres, fica.

Apagado todo o mal de ti,
Abraça cada irmão que encontrares todas as manhãs,
Canta qualquer boa canção que te vieres à mente,
E se não tiveres mais canção pra cantar, inventa as tuas,
Porque as cantaremos juntos.

Se ainda assim sentires saudade do teu solo,
Parte, porque  solo é sagrado!
Mas leva a nossa saudade de ti,
Porque aqui acolhemos os bons, por dividirmos a nossa felicidade,
E os aflitos, por curarmos as suas doenças.

Também ora sempre por nós,
Porque oraremos sempre por ti
E pela tua volta.

15/10/2012

SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL

Olá, galera!

O mês de outubro de 2012 começou de lascar!


Tá difícil aguentar calado tantos desvairamentos: filhotes de papagaio aprisionados  por contrabandistas e mortos por falta d’água e comida, lobo guará morto em incêndio, sabe-se lá quantos animais rasteiros também se foram, quanto de tudo ainda se irá... Nas cidades, cães e gatos abandonados. Por que seus donos não evitam que esses procriem, em vez de abandoná-los com seus filhotes?  Que o Estado logo chegue com mais ajuste ao ordenamento, e a todas as regiões da cidade de São Paulo, por exemplo, com hospitais veterinários.
 
Fui menino de mato e cacei de estilingue, mas apesar dos meus pecados, do que até hoje me penalizo, ainda podia agachar-me à beira de um riacho e beber água cristalina.
 
Por isso, há um ano atrás, em outubro de 2011, escrevi assim ao então Deputado Federal, licenciado a partir do dia 31 daquele ano, para assumir o Ministério dos Esportes, posto que igualmente tão bem ocupa até os dia de hoje.

Excelentíssimo Senhor Deputado Federal e Relator do Novo Código Florestal, Aldo Rebelo.


Provenho de um dos rincões deste amado País e hoje resido na mais importante cidade brasileira, nossa São Paulo.

Sabemos, portanto, dos malefícios loquélicos que o desenvolvimento não sustentável sustenta.
 
Por conta disso, não poderia omitir-me de louvar o seu brilhante texto, escrito lídimo e patriótico: lhano, claro, objetivo... exemplo para o mundo.

Longe de sofrer óbice na Câmara e no Senado, pois chegará ao povo brasileiro, sobremaneira, ao mais humilde nativo, o que principia a sustentabilidade que a nova Lei desde já estabelece.

Que os urbanos mirem-se nos bons exemplos que muitos daqueles já vinham dando e vistamo-nos todos do verde que a Lei a que o Senhor brilhantemente relata colore.

J M Monteiraso

Junte-se a nós na proteção da fauna e flora universais.
Twitter: @jmmonteiras     @dellarquim 

05/04/2012

A ADORÁVEL SÃO PAULO NO OUTONO

05.04.2012

Hoje, eu caminhava na Avenida Paulista, sob o sol matinal do nosso lindo outono, quando resolvi sentar-me no murozinho do espelho dágua do MASP. Sem querer, escutei dois nerds sobre suas últimas e maravilhosas façanhas tecnológicas. Eles, sem dúvida, jogam o classicismo ao vento e se tornam românticos em seu ideológico tempo.

Não sei por que, mas me remeteram a uma piada em que um cidadão, daqueles bem machistas, cansado dessa modernidade, cujas mulheres antagonicamente são tão independentes que já nem querem usar aliança, por exemplo, resolveu criar, em laboratório, a sua mulher ideal, tipo do século XIX, ainda cheia de amarras, submissa.

O dito cidadão fez uma moça de pele alva, meiga ou dócil, sensual e dotada de um de par de algo naturalmente firmes e róseos... mas acima do peso para os padrões de alguns de hoje, tipologia digna de uma tela de Ingres. Mas esqueceu-se de que os chips são do século XXI. Agora, ela obedece tanto a ele que quase o mata asfixiado, sempre que lhe oferece os serviços robóticos. Possivelmente, precisasse de um desses talentosos nerds por prestar-lhe serviço de ajuste. Pensei.

Pensei ainda que possivelmente não soubessem que acima das nossas cabeças estivesse a maravilhosa obra “Angélica Acorrentada”, da arte francesa, em óleo sobre tela, de 1859, do mesmo Ingres. Jean-Auguste-Dominique Ingres. Não raro no entender da maioria, paradigma quebrado pelo episódio conhecido como Bra-Burning, ou A Queima dos Sutiãs, de 07 de setembro de 1968.

Eles se foram, a ajustar os seus óculos, enquanto desviei o olhar para o Parque Trianom e contemplei o que aí ainda nos resta da Mata Atlântica, pedaço rodeado por tóxicas fumaças de fumantes mal educados.

Levantei-me e segui adiante, por tomar um café expresso, cujos grãos já torrados e espremidos, mas ainda resistentes num cone de vidro, pareciam mesmo terem recebido mais duas outras e novas sentenças de morte: serem triturados por uma outra máquina elétrica para, por fim, engolidos pela derradeira, a mais malvada, ao bem humano.

Hummm! Deliciei-me com a bebida tupiniquim. Entrei na Livraria Cultura - onde há um stand da Atlântico Grupo Editorial (ver Chiado Books, por onde publico inclusive na Europa), vi lançamentos recentes (não abro, não folheio, não leio orelhas de livros quando estou criando; por evitar o que chamo de plágio inconsciente, que é traiçoeiro e parece revelar-se por demais sutil quando pretende contrariar o imperativo categórico, doutrina de Immanuel Kant. Busco o melhor resultado).

Na Avenida Paulista pássaros ainda cantam, flores ainda tentam embelezar os canteiros, a lembrança do auge cafeeiro ainda perdura nos últimos casarões, quer em algo já aceito socialmente como mulheres independentes e modernamente trajadas empinam-nos seus narizes, quando não nos acham atraentes, quer no que se ostenta e me levou às lágrimas: um pé de café frutificando, bem em frente ao número 2001. Esse não deixemos, mesmo, ninguém condená-lo a uma ou tantas mortes. Com a graça divina, só a literatura mata e ressuscita.

Na Avenida Paulista a beleza é muito mais intemporal, está viva em tudo: no museu, mas também aos transeuntes que a contemplam, quer seja nas mulheres mais denodadas à figura do macho, quer seja nas mais modernas e denodadas a outros quereres, ou nas torres altas e leves, ou simplesmente num pé de dar boa bebida.

Viva o outono paulistano!  Que chega menos de um mês após comemorarmos o Dia Internacional da Mulher.

Agora, convido você para tomarmos um café.

DE PEITO ABERTO
Fonte: http://www.vagalume.com.br/j-m-monteiras/de-peito-aberto.html

De peito aberto
Como quem espera chuva
Na porta de um bar estava eu

De peito aberto
E então chegou uma chuva
Levando ela pra Morfeu

A passos largos
Entre carros
Caminhando era canção

Nos canteiros da avenida
Colhi-lhe as flores mais bonitas
Mesmo assim, me disse "não!'

Passe só mais uma vez na madrugada
As horas em que os poetas criam
Na mesma porta, do mesmo bar

Deixe, eu peço a Deus mande mais chuva
Para regar os mil canteiros
Que guardo por lhe ofertar.

De peito aberto...




Twitter: @dellarquim @jmmonteiras

04/03/2012

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Sou de onde alguns desnudos não se saneiam dos cautérios, porque indenes às Leis ainda transformam o Febo em inclemente, ao usar Sua beleza e esplendor por rasgar mais e mais as costas daqueles que lidam subsistentemente com quebrarem pedras que os fazem perder de pronto vistas. Há ainda os golpes lépidos das máquinas podres de lamberem agaves, nos quais se lhe verem irem as tão necessitadas mãos.

Mas minha terra também é de poetas, de amantes, daqueles e de outros heróis, de Joanas, de Marias... Ó terra de Angélica e Quitéria: a primeira, mártir da independência baiana, heroína do Céu; a segunda, patronesse do quadro complementar de Oficiais do Exército Brasieiro e residente no Livro de Heroínas da Pátria. Heroína das militares. E Triângulo das Bermudas, estado puro de mistérios e patriotismo natural — quem fez seu mapa não navegasse no mais que um mar de amor por este País!?

Aprendi com suas manhãs a acordar festivo e com suas tardes a agradecer, bem lento, a deixar-me embalar em qualquer rede e a matar-me preguiçosamente de muito contemplar o alvitente e raro algodão que desliza em um céu com’azul que docilmente dói,  que se deixa rasgar por supersônicos e é quem em seu lugar gargalha e se embeleza ainda mais no zombar disso,  por não sentir dor e ser contumaz nesse colher o que já é raro, por usá-lo em si, nos curativos imaginários, como fios longitudinais. Nesses 'estados' do natural, de viveza aglomerada, o meu mar banha Jubartes, o meu bem ecoa ao mundo chamados multifocais: música, alegria, receptividade e paz, e em mim est’outro também estado, de em transe ser o enaltecer.

Por isso, nem as dores malcriadas que sofro, péssimas visões, e saudades reavivadas de amores perdidos que se me batem a toda hora, como canções líricas: ora doídas e longas, ora belas e passageiras, veias expostas, ancoradas em meus paralelepípedos, chafarizes de sangue, a salpicar meu corpo, páginas abertas, sabor de sal e cor de chocolate de ilhéu, me fazem desistir do verso e da prosa.

É feminino dor, é feminino alegria, é feminino esperança, é feminino gratidão, é feminino beleza... mas mulher... bem: para mim, mulher é substantivo sui generis.! Eu sempre quis escrever algo para as mulheres — ah, se conseguisse fazê-lo para todas! São sensíveis, não que só existam homens rudes —, fervorosas, indagadoras, inteligentes, competentes, emuladas, amantes... Substantivo plural ao qual já nem cabem mais bons adjetivos. Quando amam são inteiramente como meus versos: sem métrica — livres, mesmo —, em certas horas nada mais lhes importa:   ora que se lhe danem repetir conjunções, ou elidir vírgulas, pensar nas sílabas. Querem tudo à Herculano.
 
Fazem-se cadenciadas, rítmicas nas decisões coletivas, e também a nós. São longas no suspirar, alexandrinas no interpretar e soltas... soltas... soltas. Soltas? Que ingênuo eu fora! São mesmo ricas: rimam com nosso querer, com nossa satisfação, com nossa necessidade, com tantos dengos nossos. Alternam conosco até em tarefas ditas masculinas, opõem-se logo a qualquer dor que tenhamos, vivem a nos empurrar para o crescer... E quando se colocam intimistas, a ninar nossos filhos, por tirarmos a sesta de domingo, mesmo cientes de que logo mais só teremos os olhos para o indefectível futebol, superam até a própria poesia que há de fato no verbo compreender.

(O protótipo de macho patrimonialista que perdura nos tempos modernos, desafiando a lei, é o reflexo de um costume mau em prol da violência gratuita em face da mulher que, sabidamente já revogou o patriarcalismo. Geralmente, faz uso da força com tamanha incomensurabilidade qual não ousaria fazê-lo frente a um análogo. Trata-se de ser paradigmaticamente avesso ao Amor Romântico, não admitido como exemplo ou modelo de pessoa humana que se quer socialmente. Oxalá, fosse possível às paixões darem à mulher razão por abdicar do parceiro no momento da escolha. Mas ainda há certa imposição da realização da querência).


Todo o homem quer ser leão, mas vira gatinho no colo da sua leoa; todo o homem é meio suicida quando ama; toda a leoa assim o quer e assim o doma. São belas as mulheres, sim, são fêmeas, são mágicas, são nossas rainhas. (Agora, entendo por que as abelhas machas dão a vida à sua por um instante assim: não só por de fato entendê-las melíbonas, como, mais ainda, enternecidas... enlanguescidas... frutas... flores polinizadas depois do abate. Esses espécimes que por desconhecerem nossos adjetivos na hora de se darem à única e fatal entrega de suas vidas, sejam muitíssimo mais felizes que muitos de nós, machões, machistas, durões que ainda não abrimos mão de certas imparidades em favor de descobrirmos quão prazeroso é deixarmo-nos ser objeto do prazer de quem nos são doce e maravilhosamente coniventes e nunca se colocam em detrimento da construção da felicidade recíproca).

As mulheres são como nós e nós somos indescritivelmente ingênuos como nossas irmãs quando crianças, ou nós por vezes ainda já adultos, ou qualquer outro ser que ama, Elas são ora indescritivelmente complicadas, maduras, malandras, sábias como todas as mães, dóceis, belas ... Belas?! Eu já não disse isso? Que importa! Montanhosas, meu recôncavo (ou montanhas de Minas, salve a inspiração de Niemeyer: parabéns, Mestre!), às vezes, fábrica em nós de uma tal ambiguidade sem tamanho, quando louca e maravilhosamente se nos 'desaguam', espécies de pátria, dotadas de toda uma exigência gramatical, ou ofertório desta nossa grata obrigação: respeito e amor como os bons filhos temos, um para com o outro, ou para com a literal e como terei para com a outra, 'a minha', e como tenho para com todas vocês: musas, leitoras, amigas... mulher-mulheres, deusas em campos de violetas...  que o Deus mesmo antes de eu nascer, já me antecipara à alma.


Parabéns, ó abelhas-rainhas!


08 de março. Dia Internacional da Mulher.


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Da obra PINGOS DO MEU PENSAR, de J. M. Monteirás

Não twitter: @dellarquim @jmmonteiras    Instagram: J.M. Monteirás

COMO ELABORAR UMA BOA REDAÇÃO

COMO ELABORAR UMA BOA REDAÇÃO

Recebi alguns pedidos no sentido de orientar sobre como elaborar uma boa redação. Lembro meus primeiros traços, na cidade de Ruy Barbosa, no interior da Bahia, no Colégio Alice Telles.

Meus caros, não sou professor dessa disciplina, mas começo o assunto com o meu repúdio ao estranho emprego do pronome de tratamento "você" , que exige concordância com o verbo na terceira pessoa e, embora em desuso fosse grafado em maiúsculo (Você canta),  em vez do emprego de pronome pessoal reto, cuja regência do verbo se dá nas segunda ou terceira pessoas, respectivamente (tu cantas, ele canta);

Em lugar do pronome "SE",  o qual ensina a morfologia exerce funções de reflexibilidade, reciprocidade, passividade, impesoalidade (por isso, não exerce função subjetiva), conforme o caso, em oração colisiva como esta: "se você bebe água, é porque você sente sede", em que além do  horrível emprego e redundância do pronome de tratamento, se não se está dirigindo ao  interlocutor, o "você sente sede" silva aos ouvidos. Prova de um pouco de saber do redator seria "se SE bebe água é porque SE está com sede", isso porque se empregaria  recursos gramaticais, em que o primeiro "se" exerceria a função condicional (conjunção subordinativa condicional, pois que a condição é ter sede), o segundo, a função de pronome apassivador (voz passiva: água é bebida). Ademais, o que pareceria temerário aos ouvidos daria ainda que no mínimo voz à oração, por fungibilidade, ou seja, a troca do verbo "sentir" pelo verbo "estar".  Mas beleza, mesmo, se daria à oração se se elidisse tantos "SEs",  enxugando-se para  "bebe-se água porque tem sede".

Já quanto ao tal do "que nem", reprovável pela carência de alfabetização (bebe água que nem saído do deserto", o qual à primeira audição soaria inintelegível como "se nem", ou  CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear. Deve-se lembrar de que "que nem"  não  existe, porquanto o correto seria "bebe água como saído (provindo) do deserto". "Se nem no deserto economiza água, por que bater-se tanto a   Natureza por esse homem?".

Por fim,  a expressão "gente" é substantivo feminino, e tal como o pronome de tratamento "Você", que deve ser grafado com inicial maiúscula, a exemplo de Senhor, Senhora,  exige regência na terceira pessoa, reitero: "A gente vai", "A gente é bela!". Substantivo feminino, quem usa "a gente" para referir-se à primeira pessoa, portanto, deveria dizer "eu vou", "eu sou belo, eu sou bela"; bem quem o usa para referir-se à primeira pessoa do plural, não deverá sentir-se desconfortável, depois, já que o fez em detrimento do correto: "nós vamos, "nós iremos", "nós somos belos (aqui, por modéstia, sem o ponto de exclamação)".

Se você achou esse texto desagradável e cheio de si, é porque escrever errado é mesmo muito feio. Quanto ao "SE", hum!.  Esse pronome exige mais estudo.

Feitas essas observações, básica e particularmente uso no mínimo três requisitos para uma redação manuscrita, sucinta e rica:

1. tema,

2. desenvolvimento,

3. conclusão.


No entanto, já que é oportuno, para melhor elucidação, focaremos em cinco requisitos:

1. título,

2. tema,

3. fundamento,

4. desenvolvimento do tema,

5. conclusão.

Em que:

1.a Título é o nome que se dará à redação.

2.a Tema é o sentido da redação, aquilo que abarca ou faz jus ao título.

3.a Fundamento é a fonte, a base de inspiração, o apoio em que o redator se inspira para elaborar a redação. Como ninguém tem cognição própria, ou seja, nossa formação é sempre baseada em outros autores: sobre Matemática, lembramos Pitágoras, sobre Filosofia lembramos Aristóteles, sobre poesia lembramos Dante ou Castro Alves, sobre a nossa prosa lembramos Machado de Assis etc.

4.a Desenvolvimento do tema é o pensamento próprio, é livre, é onde o redator mostra que conhece do tema. Pode ser sucinto ou mais alongado.

5.a Conclusão é o fechamento da redação, é o composto dos requisitos, o resultado do que se escreveu, a clareza que encerra a redação.

É importantíssimo abominar gerundismo, bem como próclise em início de frase,  ênclise após pronome atrativo; deixar o "SE" solto entre dois verbos (não deverá sentir-SE desconfortável, e "não deverá SE sentir desconfortável"), usar critério pessoal para emprego de artigo definido antes de pronome possessivo etc.

(Ademais, tomo a liberdade de dar como exemplo um pequeno artigo meu e ressaltar que tenho a honra de guindar, dentre outros, dois preâmbulos inesquecíveis: o do nosso Castro Alves, em ESPUMAS FLUTUANTES e o da nossa Constituição, promulgada em 05 de outubro de 1988).

(Vamos ao título)

O VOTO, EIS UMA DAS MAIORES LIBERDADES DE EXPRESSÃO

(Agora, vamos ao tema: é uma espécie de resumo do que se irá escrever)

A liberdade de expressão é abarcada pela Constituição Federal (CRFB/88 e oriunda de convenções internacionais como: a Declaração dos Direitos Humanos, de 1948 (ONU, art. 19); a Convenção da Europa e o Pacto de San José da Costa Rica.

(Agora, ao fundamento)

É oportuno reiterar Karl Jaspers (1883-1969), com interpretação livre (ver o texto literal nas fontes bibliográficas), por tratar-se de um dos meus filósofos prediletos: 'só nos momentos em que se exerce a liberdade é que se é plenamente si mesmo'.

(Eis o desenvolvimento do tema - para maior clareza, dividi em três parágrafos)

Assim será o indivíduo autêntico, auto determinado, cidadão independentemente de crença religiosa, nível de conhecimento, idade, do que seja... porquanto conta que no interior da pessoa humana está a sua liberdade para agir conforme a sua vontade, a sua lei moral ou imperativo categórico.

Conforme Platão (428-347 a. C.), ‘o homem é um ser político’; mas a política deve considerar a Liberdade; então digo: se aquela passasse por Essa, sem algumas reservas (estatuídas), extrapolaria também outros Princípios, feriria a moral, conceito de virtude de Aristóteles (384 a. C - 322 a. C.) e de Immanuel kant (1724 - 1804).

Em sendo assim, atuemos com a Liberdade que a nossa Constituição oferece. Melhor, na Liberdade Universal que abarca o Direito e que por força dessa Liberdade versa o nosso ordenamento jurídico. Pratiquemos, pois, a liberdade lícita. Exerçámo-La como cidadãos, eleitores, na construção de um país sem nada que o obste vilmente, na de um Estado cujo povo com tirocínio racional lógico e amparo da respeitabilidade dos que governam seja nesses crível e em tudo mais que lhe seja dito. E assim correspondamos todos para a grandeza e a soberania da nação.

(Por fim, a conclusão)

É, pois, hermeticamente tomado por este direito inquestionável de bem viver que devemos varrer o resto que há de parvo no cenário político: os que ainda tentam nos aprisionar com falcatruas na insistência em manterem-se como competentes legislativos; e, mesmo se ainda fôssemos somente gente, eis que seria a hora de, definitivamente, sairmos da inércia escravagista, passarmos a povo.

Já superamos muito disso, havemos de exercer cada vez mais os nossos direitos.

Quer vê-lo novamente?


O VOTO, EIS UMA DAS MAIORES LIBERDADES DE EXPRESSÃO



A liberdade de expressão é abarcada pela Constituição Federal (CRFB/88 e oriunda de convenções internacionais como: a Declaração dos Direitos Humanos, de 1948 (ONU, art. 19); a Convenção da Europa e o Pacto de San José da Costa Rica.

É oportuno reiterar Karl Jaspers (1883-1969), com interpretação livre (ver o texto literal nas fontes bibliográficas), por tratar-se de um dos meus filósofos prediletos: 'só nos momentos em que se exerce a liberdade é que se é plenamente si mesmo'.

Assim será o indivíduo autêntico, auto determinado, cidadão independentemente de crença religiosa, nível de conhecimento, idade, do que seja... porquanto conta que no interior da pessoa humana está a sua liberdade para agir conforme a sua vontade, a sua lei moral ou imperativo categórico.

Conforme Platão (428-347 a. C.), ‘o homem é um ser político’; mas a política deve considerar a Liberdade; então digo: se aquela passasse por Essa, sem algumas reservas (estatuídas), extrapolaria também outros Princípios, feriria a moral, conceito de virtude de Aristóteles (384 a. C - 322 a. C.) e de Immanuel kant (1724 - 1804).

Em sendo assim, atuemos com a Liberdade que a nossa Constituição oferece. Melhor, na Liberdade Universal que abarca o Direito e que por força dessa Liberdade versa o nosso ordenamento jurídico. Pratiquemos, pois, a liberdade lícita. Exerçámo-La como cidadãos, eleitores, na construção de um país sem nada que o obste vilmente, na de um Estado cujo povo com tirocínio racional lógico e amparo da respeitabilidade dos que governam seja nesses crível e em tudo mais que lhe seja dito. E assim correspondamos todos para a grandeza e a soberania da nação.

É, pois, hermeticamente tomado por este direito inquestionável de bem viver que devemos varrer o resto que há de parvo no cenário político: os que ainda tentam nos aprisionar com falcatruas na insistência em manterem-se como competentes legislativos; e, mesmo se ainda fôssemos somente gente, eis que seria a hora de, definitivamente, sairmos da inércia escravagista, passarmos a povo.

Já superamos muito disso, mas havemos de exercer cada vez mais os nossos direitos.

Ah, lembre-se sempre como pensamento do dia:

"O MAIS GRANDE DE TODOS NÃO É O MAIOR, MAS SIM O MAIS ERRADO. FAÇA AS COISAS CORRETAMENTE E SEU DIA SERÁ EXITOSO". 
Twitter:  @dellarquim    @jmmonteiras     Face book: jmmonteiraso

Bibliografia:
http://www.embaixada-americana.org.br/democracia/speech.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_de_express%C3%A3o
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2195
O texto acima foi colocado em
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Categoria:Liberdade_de_express%C3%A3o&oldid=3328500por usuário:201.6.212.213. --Lgrave ? 19:58, 27 Setembro 2006 (UTC)[editar] Exercícios práticos

18/02/2012

POESIAS e MÚSICA PARA A ALMA

Algumas, extraídas da obra Pingos do Meu Pensar, deste mesmo autor.

1.
 POEMA DA RECEPTIVIDADE
(inspirado na obra fotográfica de Adenor Gondim)


Estás cansado e triste,
toma a nossa Bahia por um fim de semana,
e se quiseres, fica.

Apagado todo o mal de ti,
abraça cada irmão que encontrares todas as manhãs,
canta qualquer boa canção que te vieres à mente,
e se não tiveres mais canção pra cantar, inventa as tuas,
porque as cantaremos juntos.

Se ainda assim sentires saudade do teu solo,
parte, porque  solo é sagrado!
Mas leva a nossa saudade de ti,
pois aqui acolhemos os bons, por dividirmos a nossa felicidade,
e os aflitos, por curarmos as suas doenças.

Também ora sempre por nós,
porque oraremos sempre por ti
e também por tua volta.



2.
SPLEEN I
Em Homenagem a Carlos Drumond de Andrade. Inspirado no poema A flor a e a Náusea, 1945.      Da obra: A Rosa do Povo

Reabastecido o carro, melhor aquela
Lavadinha, não gratuita como se pense,
Por conta do combustível, talvez, adulterado.

Quem morre de acidente de carro,
Chegasse ao Céu assim: tão desligado e saudável, ao volante,
Entregue à sua estação de rádio, entre nuvens de sabão e arco-íris,
Rodeado de uns com’anjos com mangueira e de outros com pano branco nas mãos.

As meias remendadas
O coração em greve
A cabeça na conta corrente...
A tarde preguiçosa
Nem o Sol inclemente se aguenta
Os pedreiros dormem
Os guardas de trânsito somem
É meio-dia de segunda-feira.
Se eu morresse agora...

Mas quem sabe já não morri, mesmo:
Morri de lasso
Das coisas do cotidiano
De alguma doença secreta da alma.

"E que morte: quarenta anos e quase nada escrito, nenhum problema resolvido, sequer colocado.*
(Sinto a dor de estar passando pela vida e ver vidas comprometidas com atos ditatoriais, trago a dor de estar passando pela vida e com nada de proveitoso ter contribuído. Escondo que em menino era cientista e queria curar todos os males com o fruto da mamoneira).  Ainda nem li todos os clássicos".
No original de Drumond é:  Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado*.
Quero o mundo uma esfera de verdades
Quero o mundo imbuído de sintaxes
Quer’um mundo de matemática, exato!
Quero o mundo justificando o mundo.

“Um médico, por favor, é coração”.
Roga a moça que me oferece um cravo branco.
“Há só eu, mas sou veterinário!”.
E ri, e vem, já de bisturi na mão:
“Hãhãhã! Está morto. Este não amou os animais antes dos homens. Deus relevará?”
Ele morreu de quê? - pergunta o coveiro ao padre.
“Não sei. Nem quis saber. Apenas lhe dei a extrema unção”.
“Morreu de morte, ora!!!”.
Gritam uns homens que passam, uns de negro, outros de fogo.
E ouve-se suas tantas vozes, e as por último vêm assim:
“Nunca plantou uma flor!”
“Roubou verso de morto insigne!” *
“Não devemos enterrá-lo, pois!”
“Ninguém leva bens materiais!”
“Deus não o relevará!"
"vai arder conosco!"
“Então é melhor comprarmos mais!”
“Voltaremos daqui a pouco!”
“Traremo-lhe também um caixão vermelho!”.

Se morri de preguiça
Melancolia
Infarto...
Por que não deixei pra morrer no próximo domingo, nos braços da Fiel,
Após ver São Jorge vencer mais um dragão
E ser aplaudido por todos os demais santos?...
Talvez, logo após aquele gol de Ronaldo em Fabio Costa!?
Morri num dia chato, mesmo
Em que se morre do vazio:
Da falta de inspiração
(Que é a falta do tudo)
Estado em que se morre só.

Agora me vejo a contemplar os que me derrubaram
E me derrubaram pelas costas,
Quiseram pisar em mim
Mas não sou pessoa de se deixar vencer
Exceto pela luta lídima, a da boa argumentação...

(*Estes eram degraus para mim. Servi-me deles para subir e precisei então passar por cima deles. Mas pensavam que queria aquietar-me sobre eles. Nietsche in Crepúsculo dos Ídolos ou Como Filosofar com o Martelo. Turim. 1888.)

Mas não é estranho que me veja morto
E uma a uma as minhas células
Cadeias ganhas em supermercados
Semeadas pelas ruas por onde passei
Onde me multiplico e vejo solas de sapatos.

Em vão seriam lamúrias
E o tão não muda os meus sorrisos
Então substantivo, só eu me modifico:
Matei o passado, eu sou o futuro
Eu sou girassóis, mas ninguém me vê.

Ressuscito por conta do susto
Provindo do toc! toc! no vidro do carro,
E das gargalhadas de uma coorte moteja
Que se curvara ao Amor e ao seu ofício
E me vira morrer da lembrança dela,
Ela que um dia trancou meu coração.


3.
FULGURAS

Não sei ao certo o que vejo agora lá no céu...
Ah, tua língua mais me contará...
Mas, de certo, uma inolvidável nuvem azul
Repousará amanhã naquela mesa
À mesa em que sentaste
Onde choveras em mim pingos de estrelas brancas.
Tu agora música em minha vida
E a mesa à espera de mais fulguras.


4.
AOS CIENTISTAS

Os cientistas perdem suas noites de sono por nos trazerem conhecimento, mas nós de pouco conhecimento nem lhes levamos cobertores. O saber é do conhecimento e é mais importante que o homem, posto que o homem se torna importante com o saber — que é da educação —; para tomar o homem suas decisões mais importantes é preciso saber e, se bem decidido, eis o legado do aprendizado. O saber sempre nasce dos professores, dos mais graduados e dos mais elementares, igualmente honoráveis servidores do nosso futuro.”

Aziz Ab’Saber
César Ades
Azuis.

Mas onde nasce o saber?
César há de dizer
Com a sua Psicologia.

Então, saudade dos dois.
Sau... sal... sal no corte?
Não!

Mais estudar
Mais saber
Mais dizer

Mais azuis no mundo.


                  
5.
ROMÃ

Meu coração, teu presente,
Como ID que bate e sente;
Tu, amor que dilacera e dói,
Romã ímpar, sem acento no i.


6.
A COR DO DEUS

Às vezes, é impossível criar sem uma lágrima.
A minha é rego do meu insistir,
Como o fosse em busca de uma 
Semente azul de inspiração,

Qual mesmo que se invoca e me vem,
Por dizer-me que eu diga
Que só existo quando crio.


Quando o azul, que é lindo, chora, fica magenta
E mais e mais se lhe dá: Revelação!

Eis também que se me abre como riso celeste
À fantasia dos meus olhos que se acham nessa hora
Também reveladores da cor que é só do Deus.
Eis o meu tempo de ‘colorar’ tudo que me cerca.

Mas quando nu de vaidade, sou inverso,
Porque o gênio ao sair de mim, sempre me costura
(Ai! Volte logo, como sempre, de madrugada!)
Intimo a insistência a cavalgar em um iluminado
E sutil também saio de mim, pra ir à loucura,
Também à janela, depois ao espelho,
Por pentear-me mirando a lua.
 


Nesses meus atos só dou as costas à Musa
Pra ser da outra, a pecadora...
Porque escrever é ato solitário,
É como fazer sexo com a imaginação,
E, contemplando-se, ninguém chora.


Balanço-me ante o frio, ante a angústia,
Parceiro do azul, preso ao frenesi,
Mas o que solta um preso: o grito infame!

À cavalgadura do eco sem alazão: O verso!
Enquanto o gênio que mora em mim retorna

E me atira sem asa delta do alto da serra do Orobó.



7. COMO ACORDAR FELIZ


Ele vai ao labor todo feliz e pensando assim:

"...e quando ela vira compasso: abre as hastes;
briga com o Botox: enruga a face;
repudia o batom: lambe os beiços;
vira ginasta: contorce-se;
perde a linha alimentar: não se contém na gula e sempre quer mais...

 Ah! E o depois, que maravilha!
Ela se vira de costas e se encaixa no nosso côncavo; safadamente, parece ...esparramar o cabelo em nossas narinas, para que seu homem sinta quem realmente manda;

Mas depois, quando sutilmente levanta o mesmo cabelo e expõe a nuca, quer mesmo umas mordidinhas e que de mandar passe a ser mandada: é quando já acha que ele está recuperado para o segundo tempo da partilha. Isso mesmo, partilha.

É a leoa, sempre sustentando o reinado do seu leão.
É a amante, fazendo seu parceiro feliz.
É tão bom contemplá-la em seu sono, em sua posição convexa."

Deixara-lhe um bilhete: bom dia, querida, feliz quarta-feira! Ao acordares, pega a tua rosa.




8.
A ORIGEM DO AZULEJO

Eu não deveria responder a você
Que por certo, por não saber
Riu da minha parede
Como o fizesse da minha cervical.

Tenho ao fundo azulejos inacabados
Porque vivo a vida em construção
Escolhi a minha ala dos namorados
Donde falo com o meu amor.

Rebrilho a permanência
Tal como o lúdico de expressão
Em que se não vê verso
Cegue-se por ver  beleza.

Eu não deveria responder a você
Que por certo, por não saber
Riu da minha parede
Como o fizesse da minha cervical.

Mas fique calma, não me ofendeu
Com sua anti-cultura envenenada
Fê-lo, sim, aos azulejos mitológicos, aos arquitetos...
Ao Camões, à arte conservada

Também, de certo, à minha raiz
(Eis que não devia beber de tanto mal)
E a si própria, pois bem o quis.
Sou europeu, de Portugal.

9.
A SEREIA E O CÃO

Praia, fim de tarde...
Ah, que bom momento!
No arrebol o sol não arde,
Mas vem engarrafamento.
Mal, não!... Da janela dos carros 
Também vê-se um vazio na areia
Até mesmo um solitário cão 
A ir-se de políticos parvos
Por só parar pr'uma sereia.

10.

QUANDO O AMOR CHAMA

“QUANDO O AMOR CHAMA
A PESSOA VAI, FICA E VOA
MESMO SEM ASAS E CLAMA

PRA CHEGAR LÁ COMO À TOA”.

CANÇÕES

1.
JARDIM SUSPENSO
(Flores)


Quando eu dormir
Por favor, mantém a luz
De que dependa a nossa Primavera
Hei de sonhar que tenho os pés nus
E que estou a te esperar
Num levitar entre Gardênias, Verbenas, Avencas...


Vem cá, dá-me um abraço
Fica perto de mim
Não quero ver chuva dos teus olhos
Quando o tempo me fechar
Vou querer de ti o que sempre foste:
Pingos miúdos, ó amizade, de lembrar.

Gardênias, Verbenas, Avencas...


Que bom querer seja em teu colo
Ganhar eu um instante assim
Como ainda me fosse consolo
Ouvir  teu inexistente coração
Poder te ver por dentro
E tão dentro de mim
Então cobre com teu seio o centro
Do autor desta canção
Centro, o mesmo que destino

Sou este menino que ora não parto em vão

Porque o nome de flores
Como Flores tenho por Estação
É também de amizades e amores
Deixo-lhes o coração.

Gardênias, Verbenas, Avencas...



2.
PIRAPORA

(Sinais)

Tem um jeito especial,
Um quê de Pirapora,
Sorriso angelical,
Batom lembrando amora,

Nos olhos um mistério
Pronto pra se desvendar,
Deve-se levar a sério
O que a vida venha a dar:
Sinais de que é possível compreender
Não só o evidente, mas o ambíguo,
O ser ou não ser...
Me levam a um mergulho no que digo.

Abro o corpo, a alma, a esperança
Corro dentro de mim, corro pra não fugir
Corro mais veloz que quando criança
Mais audacioso por me alcançar e cognir.      

Aspiro o cheiro dos campos,
Converso com cada flor;
Corro à sombra nos cantos,
Convido o amor,

Solto a luz que vara grampos,
Mas que mantive em meu papel,
Faço festa com pirilampos,
Antes de ir-me à boca dela de mel

Fazer chuva cristalina e arco-íris.
Ó céu!


3.
ATITUDE


Ainda não chegamos à oclocracia
Longe disso acontecer
Minha Pátria ainda ontem era um ovo
A luta é por amadurecer a nossa democracia
Mudar essa gente e as pessoas para povo.

Não se desanime, parceiro
Na vida se deve correr atrás de tudo
A verdade não tem as pernas da mentira
E ninguém disse que surdo é mudo.

Tudo é possível de ser mudado:
Doença, trabalho, vício, paixão...
O meio de vida de cada qual
O controle inexato da emoção.

Até mesmo a dona da foice
Pode ser convencida a adiar
O seu plano.  Fora de hora,
Pra quem insiste em aqui ficar.

Já que se inventou o Céu
Pra quem viveu com esmero
Invente-se também a felicidade
Pra quem ficar fora dele, espero.

Poeta não vai para o Céu
Também não vai pro escuro
Poeta é dócil e cruel e mora na letra
Nunca em cima do muro.

Quero dizer que tudo põe no papel
E quando desce a ladeira
É pra escalar o K2
Poeta tem a cura pra tudo
Mesmo pro que venha depois.
Repito que tudo põe no papel
E quando desce a ladeira
É pra escalar o K2
Mas  a cura é pra quem se vê no papel
Mesmo pro que venha depois.

E só põe tudo no papel
Porque acredita que o inferno é aqui
E aqui mesmo é o Céu.
Por ora, sem nada por escalar,
Basta ocê respeitar o meio ambiente
Para o poeta se calar.

Que mundo pronominal é esse
Que fala mais do que dá ouvido?
Tem “um que” de interrogativo,
Ou de sacana-relativo,
Por vezes,  conectivo?

Você se diz cidadão
E nos dias de hoje isso se chama mérito.
Então não duvido
Que usa a água e a energia elétrica
Com o mesmo critério
Com que usa o cartão de crédito.

Agora, me conte como usa o seu cartão,
Caríssimo cidadão:
Se é obrigado a parcelar compra de supermercado
E gasta mais que 5 minutos pra lavar a alma.
Pra tudo Isso, só o Estado e você têm a solução.



4. 
AFRODITE

Perdoa-me pelo jeito indiferente
Gente tem problemas por resolver
Pensa muito mais em si
Do que possa parecer.

Logo, logo, telefonarei
Pra gente por o papo em dia
Mas antes te mandarei
Rosas rubras e um convite
Que para a minha alegria
Certamente dirás:  bravo!
Se sentirás como Afrodite
E mandarás de volta cravos.

Num cantinho particular
Hei de brincar com as digitais
Sobre teus lábios na boca entreaberta
E a dançar a dança do avança mais.

Já te vejo envergonhada
Quando eu provar do teu batom
Com o meu beijo anunciado

Testemunhado pelo garçom.


5. TEMA DE CURITIBA
                                 Do ano de 1974

Meu amor é Curitiba.
Meu amor é Curitiba.
Meu amor é Curitiba.

Vem, traz o belo pro quintal
Recebe o Sol, que abraça a Lua
Cumprimenta o vizinho
Que passeia com o velhinho
Lentamente pela rua.

Menino abriu a gaiola
O canário foi voar.
'Menino, não é segredo
Mas você não tem medo
De ele nunca mais voltar?'

‘Não, moço, sei que ele volta
Mas pode até ficar lá em seus ares
Daqui lhe enviarei bilhetes
Através dos meus foguetes
Feitos com amor e néctares’.

Meu amor é Curitiba (repete 3 vezes).


6.SUFRÁGIO
               Outubro de 2015.

"Sou leigo, tão pequeno: não entendo certas poesias que engolem vírgulas...
Quem elegeu o verso impuro?"



      


10/01/2012

ACIDENTE DE TRÂNSITO

Apelação Cível n. 2007.062400-7, de Campos Novos. Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ...

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Fonte: http://tjsc6.tj.sc.gov.br/cposg/servlet/ServletArquivo?cdProcesso=01000AX8A0000&nuSeqProcessoMv=79&tipoDocumento=D&cdAcordaoDoc=null&nuDocumento=2172476&pdf=true