Hoje, vi uma ilustração (facebook.com/humorinteligente01)
em que o signo da Liberdade beija vorazmente o da Justiça. No corpo da
ilustração os dizeres: "Liberdade e Justiça ficam ótimas juntas".
Ali, a Liberdade demonstra pegada, mas conota mesmo outro
tipo de liberdade.
Então vamos falar sério: é bom ter-se pegada no agir, uma vez
ganho tal liberdade (um dos pressupostos da democracia que, por exemplo, remete
a liberdade de expressão, como aqui, com a observância de que somente louvo o
talento do artista gráfico), a liberdade de que 'imprescinde a ética de Aristóteles'
(o imperativo categórico de Emmanuel Kant, fundamentado na moral, dever-ser de não mentir, de não
ser corrupto, de não furtar, de não roubar, de respeitar direitos), posto que
só por fatos assim poderá a Justiça estender a mão aberta, e tal como o bem
maior de um povo, reconhecer o bom, parear-se-á com ele, permitindo-se ser
abraçada, beijada. A Liberdade é suprema, dotada de essencialidade para a Justiça, mas neste contexto, brado que a Justiça é mor e a Liberdade é
condicionada.
Em um devaneio filosófico, abro parênteses e pergunto-me
se se confundisse legitimidade com liberdade, em que ressaltaria?
A legitimidade alcança todos os atos inerentes a quem a
tenha, óbvio, e abraça-se mas não se aperta a Justiça, no mínimo, antes de se
demonstrar o porquê e ter-se deferido o pedido.
Porquanto, nessa esteira dialética, volto-me a charge,
por dizer que ainda que eivada de talento artístico, não tem similitude com a
dor por que passa a Pátria, neste momento.
Enquanto liberdade pode conotar anarquia, e justiça pode
denotar o que se acha que se merece (aqui não me refiro ao artista, mas a
generalidade do sentido hermenêutico desses dois elementos compositivos de um
Estado), melhor assentir que a Justiça e a Liberdade deem-se as mãos, ou seja,
antes de aquela abraçar essa.
Em outras palavras, e como se vê, já estamos a afastar o
complexo de gado e será imperativo manter-nos povo, agirmos como tal, mudarmos
a camisa do time, assim que comece o novo campeonato: isso será justiça para
com o País.
Embora, por ora, numa ilação santificante, só nos resta,
mesmo, a liberdade absoluta de carregarmos a crucificada Pátria amada nos
ombros.
Por isso, vamos com calma, Brasil, porque a democracia impera
que além de outros valores, a Liberdade e a Justiça ficam ótimas juntas, sim.
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