BEM VINDO A ALGUNS
CONCEITOS HISTÓRICOS INTRODUTÓRIOS AO MUNDO MUSICAL ERUDITO, O MUNDO DA
SONORIDADE DIVINA!
Em homenagem a Maestrina Silvia
Luisada, em quem o talento e a dedicação se reconhecem.
1.
Que é
música?
Música é uma leitura
entoada. Música é uma linguagem, seja erudita ou popular. É a arte de combinar
sons.
2.
Que significa erudito ou
popular?
Significa dizer sobre o
estilo musical, em que erudito é a música mais apurada, mais elaborada, a música
sobremaneira histórica; a música popular é a música hodiernamente tida como a de
estilo que atinge as camadas mais simples da sociedade, a que se expande,
desprovida de estudo e elaboração mais aprofundados, mas que também é
música.
3.
Que é estilo
musical?
Estilo está associado
ao período, em que se pode dizer que são medidos por século, ou seja, a cada cem
anos. Assim, temos vários estilos de música
erudita.
Agora, veremos os
estilos:
3.1
Estilo Barroco.
Trata-se da música
sacra ou litúrgica, a cantada nos mosteiros, onde tudo começou, com D'arezzo (veremos, adiante).
Mas a termo erudito, deu-se somente entre 1.600-1700 e seus principais expoentes
foram Haendel (1685-1759), Bach (1685-1750) e Vivaldi
(1678-1741).
Portanto, não se diz
“eu gosto de música clássica” para se referir aos compositores Haendel, Bach ou
Vivaldi, diz-se: “eu gosto de música erudita, estilo
barroco”.
3.2
Estilo Clássico.
Estamos
no período do “classicismo”,
em que o
contexto histórico está na busca
pela perfeição estética e na valorização do homem universal, é o mesmo que dizer
“Renascentismo”, porque as artes passaram por modificações, cujo avanço faria
história.
Trata-se
da música apresentada nos castelos, palácios, cujas festas gozavam de variações
como o “rococó”, os “saraus”, as “danças
alegres”, os “minuetos”.
Deu-se entre 1700-1800
e seus principais expoentes foram Haydn, “o compositor da alegria”(1732-1809) e
Mozart, “o divino”(1756-1791). Esses autores se apresentavam para a
nobreza.
Portanto, quando se diz
“eu gosto de música clássica” refere-se
aos compositores Haydn e Mozart, por exemplo. Para se referir ao sentido amplo,
diz-se “eu gosto de música erudita”.
3.3 Estilo Romântico.
Coincidiu com a Revolução Francesa, período em que todo o mundo queria extravasar, posto que recém saído de um período fechado.
Deu-se entre 1800-1900 e seus principais nomes são Bethoven, “o compositor da revolução, que transitou entre o classicismo e o romântico, note-se” (1770-1827), a exemplo da Quinta Sinfonia: “than than than than!!!” (Dó Menor); Chopin (1810-1849) que trabalhava muito a sua terra polonesa) e Schumman (1810 -1856) menos extravagante, não menos gênio.
Portanto, quando se diz “eu gosto de música romântica” refere-se ao período chamado “romantismo”, aos compositores Bethoven, Choppin e Schumman.
3.3 Estilo Romântico.
Coincidiu com a Revolução Francesa, período em que todo o mundo queria extravasar, posto que recém saído de um período fechado.
Deu-se entre 1800-1900 e seus principais nomes são Bethoven, “o compositor da revolução, que transitou entre o classicismo e o romântico, note-se” (1770-1827), a exemplo da Quinta Sinfonia: “than than than than!!!” (Dó Menor); Chopin (1810-1849) que trabalhava muito a sua terra polonesa) e Schumman (1810 -1856) menos extravagante, não menos gênio.
Portanto, quando se diz “eu gosto de música romântica” refere-se ao período chamado “romantismo”, aos compositores Bethoven, Choppin e Schumman.
3.4
Estilo
Contemporâneo:
Trata-se da música do
impressionismo, em que todo o mundo poria ritmos loucos para se expressar. “O
expressionismo”.
Deu-se a partir de 1.900, mas mesmo pouco antes já
surgia seu expoente, Carlos Gomes (1836-1896)
e, posteriormente, Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Mas Villa
Lobos (1887-1959)
reinou. De lá pra cá não houve mais evolução na
música.
Portanto, quando se diz
“eu gosto de música contemporânea”
refere-se ao período atual, é ter orgulho e louvar a história
erudito-musical brasileira.
Mas não importa o estilo ou a pátria, óbvio houve outros compositores importantes.
Mas não importa o estilo ou a pátria, óbvio houve outros compositores importantes.
Agora que se já tem
noção do que é música e seus estilos, convém se saber também que tudo precedeu
com um monge italiano, da região da Toscana, chamado Guido D’arezzo (estima-se
por volta de 995 – 1050), porquanto os monges viviam solitários em castelos,
presos em suas orações.
Para quebrar a
monotonia, as suas orações ganharam sons e passaram a forma de cânticos. A
expressiva oração a São João Batista é
marco:
“Ut queant
laxis
Resonare
fibris
Mira
gestorum
Famuli
tuorum
Solve
polluti
Labi reatum
Sancte
Ionaes”.
Cuja tradução é:
“Para que teus
servos
Possam, das
entranhas
Flautas
ressoar
Teus feitos
admiráveis.
Absolve o
pecado
Desses impuros
lábios,
Ó São
João”.
Assim, de cada inicial dos sete versos surgiram as sete notas musicais.
Ut, de para, cantado
teria som de dó e passou a ser a nota
DÓ.
Re, de
resonare, passou a ser a nora
RÉ
Mi, de mira,
passou a ser a nora MI
Fa, de famuli,
pasou a ser a nota FÁ
Sol, de solve,
passou a ser a nota SOL
La, de labi,
passou a ser a nota LÁ
Sa, de sancte,
por sonoridade passou a ser a nota SI
Damos um link da
partitura.
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Ut_Queant_Laxis_MT.png
Orquestra de Câmara é a
reunião de no mínimo 8 (oito) músicos. Geralmente chega-se ao número de 30
(trinta), portanto, entre 8 (oito) e 30
(trinta)músicos.
Orquestra Sinfônica tem
entre 30 (trinta) e 100 (cem)
integrantes.
Filarmônica tem acima
de 100 (cem) integrantes.
Banda Sinfônica tem
somente 1 (um) instrumento de sopro.
Camerata tem somente um
solista.
Suíte é um conjunto de
danças.
Concerto tem 3 (três)
temas.
Sinfonia é criada para
orquestra, é a exibição musical com instrumento
solista.
Polifonia é a 4
(quatro) vozes.
“Eu sou um
pássaro
Que canto sem
parar,
Or'ao meu modo,
sig'as ruas
Ora a passo vou à
equação:
Timbre, duração,
intensidade, altura...
Mas não conheç'o tempo, não conheç'o coda,
E meu canto por vezes a alguém
intriga.
É que sou um
pássaro
E tenho por
acelerar.
Andamento, te me
acentuas,
Pois que a passo vou à
equação.
Também sou quatro sons,
ó criatura.
A melodia acorda e a
corda
Puxa a alegria que
brada amiga!
Sou mesm'um pássaro
carente
De sinfonia, de
criar,
(É oportuno, mostra as
tuas).
Não sei ler, mas sei
entoar,
Autodidata, de alma pura ?...
Abro as asas à
teoria
Porque a arte assim
obriga”.
Somente o que desagrada a alma não vale à pena. Sou teórico, não domino
nenhum instrumento: músico frustrado, fiquei na letra.
Por fim, se você tem talento e quer somente música popular, não erudita, portanto, não importa, faça a sua
e tudo também estará bem.
Respeite os direitos
autorais.
Sugestões e críticas, e-mail:
jmmonteiras@gmail.com
O autor estudou teoria musical com a
Maestrina Silvia Luisada, anteriormente à fundação da Orquestra Filarmônica
Santo Amaro, criada no Projeto Ateliê da Casa de Cultura de Santo Amaro, também pela
insígne professora.
Nossa! Esse é mesmo o cara! Fred.
ResponderExcluir